quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Degustação na Porto di Vino - Parte 1

     Ontem rolou a última degustação do ano do grupo que participo na Porto di Vino aqui em Niterói. Para fechar os trabalhos do ano foram escolhidos 3 champagnes e 3 portos. De quebra ainda rolou o amigo oculto do grupo.
     Mas vamos aos vinhos, que é o que interessa. Os champagens foram servidos às cegas, não que alguém do grupo seja o super degustador e descobrisse qual era, mas sim para que o rótulo não influenciasse na hora da degustação, tipo, "esse Taittinger é o máximo, que perlage".
     A amostra 1 tinha um perlage intenso, bolhinhas minúsculas, com umas bem grandes grudadas na parede da taça. No primeiro ataque ao nariz, Hipoglós, quase apanhei. Pelo menos dois outros colegas concordaram, o que aliviou a barra. Mas o aroma foi modificando com o tempo, passando para frutas,  marmelo, e foi abrindo. Na boca, vívido, intenso, muitíssimo interessante.
     Já a amostra 2 demonstrou-se sem graça, chata, e santa falta de perlage. Não tinha uma mísera bolinha na taça. Das duas uma, ou a taça estava prejudicada, ou aquilo não era champagne. O mais engraçado é que mais umas três pessoas tinham o líquido na taça como o meu, inerte. No nariz um aroma floral e mais alguma coisa indescritível, sei lá, algo como pêra. Na boca, sem graça, a taça ficou ali, cheia.
     A terceira taça apresentou um champagne vivo, excelente perlage, também como o primeiro, bastante intenso. No nariz, floral intenso, bastante perfumado, e frutas como maçã e pêra. Na boca, muito refrescante, deixando o paladar agradável.
    Páreo duro para decidir qual a melhor, a primeira ou a terceira.
    Chegou a hora da revelação. Vai aí a foto do primeiro champagne.


Champagne Deutz Brut Classic é a mais básica da casa Deutz que só tem 173 anos de história. Quem quiser conferir, o preço gira nas lojas por volta de R$180,00. O site é sofisticadíssimo e bonito demais, pode ser lido em francês ou em inglês: http://www.champagne-deutz.com/.

A foto do segundo e surpreendente champagne.


Não tem jeito, já havia bebido antes e ela não é assim. Lembro-me de ser sutil, ótimo perlage, quase um creme. Levantamos a possibilidade da garrafa estar prejudicada, Ficou a dúvida. De qualquer maneira, o monitor disse que ela fica abaixo da Deutz, na avaliação dele. Tadinha da viúva, ontem apanhou feio.


O terceiro e também ótimo champagne foi esse cara aí em baixo.


    Mais uma casa com muita história para contar, a Perrier Jouët comemora este ano o seu bicentenário, a conferir em http://www.perrier-jouet.com. Este champagne, também de custo na base de R$180,00, é o mais simples do produtor. Já imaginaram o quanto não sai o top de linha aqui no Brasil.  Não procurei na internet, sinceramente, o preço lá na Europa, mas chuto que esteja rondando os 40 euros.
    Nessa hora, fico pensando nos espumantes brasileiros que são bons, mas não chegam muito perto desses ícones. Mas isso é papo para outro dia.
    Fechando a primeira parte da degustação o Deutz ganhou com larga margem como o melhor champane da noite. Quase todos apontaram que o ponto forte do Perrier Jouët era a boca, mas no conjunto o Deutz acabou levando. 
     Vou ficando por aqui, proximamente a segunda parte relatando os vinhos do Porto. Meus amigos, é para ficar com as papilas gustativas chorando de saudade.

   Até a próxima

        Tonelotto

domingo, 27 de novembro de 2011

Estreando o blog

Pessoal, bom dia!!!

  Resolvi fazer um blog sobre vinhos, pois é, mais um. Obviamente este é um fato um pouco pretencioso, mas acho que de alguma forma dá para contribuir. Não sou o mais capaz, o "grande conhecedor", nem um bebedor de grandes rótulos. Sim, às vezes, mas sempre compartilhado com os vários amigos que fiz nesse mundo da enologia. Escreverei coisas que como todas as coisas, uns amarão, outros odiarão, mas como todo exercício narcisístico, é como eu sinto as coisas relacionadas à bebida dos deuses.
  Em tempo, como um bom ariano, sou passional, adoro vinhos portugueses e italianos, obviamente serei tendencioso nos comentários sobre eles. E logo na apresentação já vai uma pedrada. Os vinhos franceses são meio coisa de menina, levinhos, delicados, aromáticos, mas por melhor e mais conceituado que sejam, nunca me deixaram aquela sensação de plenitude, completeza, aquilo como um ótimo orgasmo com as pessoas que você mais ama.